No dia 5 de Junho, sábado,fomos visitar o Museu do Índio, no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro:
Logo que chegamos fomos para área reservada para alimentação :
No momento o Museu do Índio está apresentando duas exposições de diferentes povos indígenas:
"Tape Porã, impressões e movimento - Os Mbya no Rio de Janeiro".
Os povos indígenas falantes da língua guarani se dividem em três grupos e Mbya é um dos grupos. Eles ocupam pontos preservados de floresta nos estados do sul e do sudeste e somam uma população de 6.000 pessoas no Brasil. Estão em constante movimento. Gostam de visitar parentes,experimentar novos ambientes e estabelecem relações constantes com os "brancos", a quem eles chamam de jurua e com as cidades.Esta exposição quer mostrar justamente os caminhos que percorrem os Mbya que vivem atualmente no Rio de Janeiro.Caminhos pela mata,caminhos que ligam as aldeias e estas as cidades e sua ligação com os deuses que vivem nas regiões celestes, o Nhanderu.A arte produzida por eles chamada"Ombopara" que quer dizer grafar,escrever , enfeitar também está presente na exposição. Os índios que estão atualmente em Camboinhas em Niterói e que devem vir para morar em Maricá pertencem a este grupo:
Esculturas de animais em madeira feitos por eles: Paus de chuva:Tipo de construção dos Mbya:
Aqui vemos o tipiti,espécie de prensa ou espremedor de palha trançada usado para escorrer e secar a mandioca ralada.
A escultura em madeira é uma das atividades mais expressivas entre os povos indígenas do Oiapoque.Os mais bonitos são feitos em forma de animais, principalmente aves, mas também cobras, jacarés e onças. Os bancos maiores são utilizados durante o Turé ( Festa de agradecimento aos seres invisíveis)e os menores são usados pelo Pajé em cerimônias de cura e festas:
O Turé é uma festa de agradecimento aos seres sobrenaturais ou invisíveis pelas curas que eles fazem através dos pajés.No Turé é montado o espaço sagrado, chamado Lakut. Fazem parte do Turé os mastros enfeitados,os grandes bancos da cobra grande e do jacaré onde sentam os convidados. Nesta ocasião, a comunidade canta e bebe muito Caxiri.O Turé pode ser realizado a qualquer momento, mas o verdadeiro ritual é feito durante a lua cheia de outubro. Na exposição foi montada uma réplica do espaço Lakut e nós tivemos oportunidade de sentarmos nos bancos como convidados. Os painéis em volta mostram como são as casa destas comunidades indígenas, geralmente sobre palafitas e com paredes e piso de madeira.Uma pequena escada permite o acesso.
O Butiê é um ornamento utilizado em rituais.É feito de cordões de miçangas e pompons de algodão, sendo colocado nas costas, preso no cabelo ou nas coroas.Os pingentes são feitos de élitros (asas anteriores endurecidas) de besouros, que emitem um som suave quando as pessoas dançam:
Se você quiser rever as exposições, pode acessar a página do Museu do Índio: http://www.museudoindio.org,br/ e clicar em visita virtual.