A Turma Árvore (3º ano) está estudando nosso Município e por isso fizeram um Passeio Pedagógico por Maricá, orientados pela professora Claudia Cardoso, que organizou um roteiro para que seus alunos registrassem tudo que fosse observado durante a pesquisa de campo.Primeiramente foram até a Fazenda Itaocaia,antigo engenho escravocrata onde o evolucionista Charles Darwin e sua comitiva pernoitou, em 1832, a caminho de Cabo Frio. Financiada pela Marinha Inglesa, a expedição pretendia fazer o mapeamento cartográfico da costa sul da América. Chegando ao Brasil a bordo da embarcação Beagle, Darwin passou 3 meses no Estado do Rio de Janeiro, entre abril e Julho de 1832.Nesta ocasião,o evolucionista atravessou pastos e matas sobre o lombo de uma mula, coletando plantas, insetos e animais. Passou também pela Restinga de Maricá:
Em seguida, foram até a Capela de São José de Imbassaí.Segundo informações obtidas nos livros "Compêndios da História de Maricá", de Alexandra Lambraki e "Contando a História de Maricá", de Cezar Brum,esta capela teria sido fundada por um judeu de nome Joseph, em meados do século XVII.Os primeiros povoados de Maricá começaram a partir de São José de Imbassaí,mas a insalubridade desta região, devido ao clima nada saudável da lagoa,que permitia a propagação de febres palustres (malária),levou os habitantes a ocuparem outras localidades. Deslocaram-se principalmente para a região onde hoje se encontra a sede atual do Município:
Depois foram até a Matriz Nossa Senhora do Amparo.Segundo informações obtidas no livro "Maricá, meu amor", escrito pelo Padre Paulo Batista Machado,a pedra fundamental desta igreja foi lançada em 8 de dezembro de 1788.A Matriz, idealizada pelo Padre Vicente Ferreira de Noronha,foi feita de pedra e barro, com paredes de grande espessura, mostrando traços do estilo colonial como janelas no alto,semelhantes a camarotes,onde ficavam os senhores rurais e as autoridades,distantes do povo.Uma grade em volta de todos os altares, distanciava o povo dos lugares mais sagrados.A Matriz fica sobre uma elevação de 3 metros,construída especialmente como proteção, já que nas cheias da lagoa a água avançava até onde hoje é o Esporte Clube Maricá.Diz a tradição que o aterro foi realizado com muito sacrifício: o barro teria sido transportado por escravos em cestos sobre suas cabeças ou em jacás, no lombo de animais.
Finalizando, foram até a "Casa de Cultura", antiga cadeia e Câmara,construída no século XIX,com arquitetura em estilo neoclássico. Atualmente neste local também funciona o "Museu de Maricá" e a "Casa do Artesão":