Para os Povos Indígenas do Oiapoque existem dois domínios:
Este Mundo, onde estão todos os seres visíveis, e o Outro Mundo, lugar das pessoas invisíveis e localizado sob os rios, lagos, mares, montanhas ou no firmamento. Tais pessoas, chamadas de Karuãna, possuem forma exterior de animais e plantas e são vistas como gente apenas pelos pajés, os únicos capazes de lidar com os Karuãna e de transitar livremente entre os dois Mundos. Todo poder dos pajés provém dos Karuãna a quem se associam a fim de combater as enfermidades provocadas por outros Karuãna. Como retribuição por esse serviço devem oferecer periodicamente aos seus espíritos auxiliares uma grande festa denominada Turé que é realizada entre setembro e novembro, quando as chuvas escasseiam. Inicia-se em um fim de tarde com os cantos dos mastros, do caxiri e dos bancos entoados dentro do círculo cerimonial montado para a ocasião, o lakuh, acompanhados de clarinetes que emprestam o nome à festa. Abaixo,foto do lakuh montado na exposição:
Produzir cerâmica é uma atividade que envolve toda a família. O homem conduz a canoa até o local da retirada do barro, mergulha e pega, no fundo, a massa lisa de argila que será moldada pela mulher. Ele providencia a casca da árvore que será queimada, transformada em cinza, amassada no pilão pela esposa e acrescentada à argila.
A tradição cerâmica das artesãs palikur consiste essencialmente na fabricação de potes de diversos tamanhos:
Esculpir em madeira é uma das atividades mais expressivas entre os povos indígenas do Uaçá.Destacam-se os bancos que representam os bichos da natureza e seus espíritos, os karuãna, sob a forma de aves especialmente, mas também outros animais:
Os índios do Oiapoque alimentam-se basicamente de peixe, farinha de mandioca e frutas. Conforme a época do ano, o cardápio é variado com as carnes de tracajá, camaleão, pássaros e animais caçados na floresta. Excelentes produtores de farinha de mandioca, comercializam o excedente, no Oiapoque, em troca de produtos industrializados.Nas fotos abaixo as crianças assistem ao vídeo que mostra a produção da farinha:
Abaixo, foto do ralador de mandioca e de uma flauta feita de osso de anta.Depois fomos para uma parte da exposição que reproduz a casa de um Pajé:
No centro da casa encontra-se a tukay, lugar onde ele recebe seus clientes doentes, faz os diagnósticos e receita os remédios para a cura. A tukay é um espaço fechado por um grande mosquiteiro. Nela, há um pequeno mastro, além do banco e o pakará do pajé.
Seguindo o comando da guia, as crianças chamaram o pajé e de repente viram sua silhueta surgir misteriosamente para eles na tukay:
Ao alcançar a faixa entre dez a doze anos de idade, o menino passa por uma grande festa de iniciação masculina denominada Hetohoky ou Casa Grande. Eles são pintados com o preto azulado do jenipapo e ficam confinados durante sete dias numa casa ritual chamada de Casa Grande. Os cabelos são cortados e ele é chamado de jyre ou ariranha.Foi construída uma Casa Grande na parte externa do Museu do Índio:
O diretor da novela Araguaia, Marcos Schechtman,amigo dos índios Karajás, também estava lá prestigiando a exposição:
No jardim do Museu do Índio encontramos um pé de Urucum, planta utilizada pelos índios para fazer a tinta vermelha que usam em suas pinturas:A arte cerâmica é exclusiva das mulheres, apresentando os mais variados tipos e motivos, desde utensílios domésticos, como potes e pratos, até bonecas com temas mitológicos, rituais, da vida cotidiana e da fauna.Neste dia presenciamos oficinas de cerâmica Karajá:
o ricardo junior adorou a luta do dois indios, chegou em casa querendo até me ensinar . gostou muito do passeio.Em quanto eu estava em casa muito tensa,sabe como é mãe coruja e assim, só acha que os filhos estão protegidos quando estamos por perto. UM forte abraço a todas que cuidam diariamente do meu filho. beijosss!!! rose moura
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